Em Groaíras, no Norte do Ceará, a transformação vivida por Francisco Arcanjo da Silva dá o tom de uma mudança maior que vem tomando forma em diferentes regiões do Nordeste. Antes de presidir a Associação dos Trabalhadores na Extração e Produção de Cera de Carnaúba (ATEPCG) da cidade, Arcanjo enfrentava a insegurança e a informalidade que marcaram por décadas a cadeia de valor da carnaúba. “A gente não tinha controle de nada. Era cada um por si, sem segurança, sem renda justa. Hoje tudo mudou”, relembra.
Com a criação da associação, fundada em 1º de agosto de 2019, ele passou a liderar um processo coletivo que reorganizou a produção, qualificou operadores e criou novos postos de trabalho com qualidade e renda. Foi possível criar novas fontes de renda, como o artesanato com palha, que inclui ainda muitas mulheres que antes não estavam tão integradas à cadeia de valor. Sua história e a criação da ATEPCG são um ponto de partida para compreender como o trabalho coletivo na agricultura familiar, por meio do associativismo e do cooperativismo, redefine a lógica de trabalho em territórios historicamente marcados pela precariedade.
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