O Semiárido que a TV não vê (e não mostra) 📺

 

 

E aí, meu povo, como estás?

Sou Jayanne Rodrigues, integrante da Cajueira – talvez você já tenha me escutado lá no CajuZap, nossa minicuradoria mensal em áudio – , mas estou aqui por outro motivo: o Sertão do Futuro, podcast produzido pela Cajueira. Se você ainda não ouviu, cuidaaaa. Os três episódios da primeira temporada já estão no ar! 💅

É pra te contar sobre os detalhes dessa produção sonora pipocada que assino minha primeira edição nessa newsletter mais informativa do Brasil. Sem arrodeios, o podcast nasceu a partir do nosso desejo em mostrar de forma aprofundada a educação contextualizada para a convivência com o Semiárido na primeira infância.

Se você está por fora do assunto, o modelo educacional leva os conteúdos para a sala de aula a partir das particularidades do território, da cultura e da identidade da região. Resumindo: quem mora no oeste de Pernambuco, por exemplo, vai estudar geografia, ciência e outras disciplinas levando em consideração especificidades do lugar onde vive, a fauna, a flora, o sotaque…

Bora avançar mais?

A equipe da Cajueira, que trabalhou lindamente nesse podcast, apurou que Bahia, Paraíba, Ceará, Pernambuco e Rio Grande do Norte já possuem leis estaduais e municipais que exigem a inclusão de propostas pedagógicas de convivência com o Semiárido nas escolas.

Massss, mesmo com esse avanço, ainda tem chão pra percorrer, viu! No 3º episódio, o professor Edmerson dos Santos, da Universidade do Estado da Bahia, nos contou que essa forma de ensino ainda não chega para todes do Semiárido.

“Ainda temos uma educação que se faz extremamente estrangeira para o sujeito. É uma educação que parte de um contexto maior e chega na escola sem conexão nenhuma com a realidade.”

Triste né? Mas a gente muda isso fazendo esses projetos serem mais conhecidos!

Acompanhe a nossa viagem…

Para entender como o modelo funciona na prática, fomos até Massaroca, distrito de Juazeiro, cidade localizada no norte da Bahia, conhecer a Escola Municipal de Tempo Integral Professora Valdete Bispo Gama. Fundada nos anos 90, a escola adota um processo educativo que coloca a cultura local no centro do ensino.

No episódio abre-alas, você descobre como as crianças sertanejas vivenciam esse ensino diferenciado. Tu vai se apaixonar, juro!

Não pense que a educação contextualizada acontece somente nas escolas. Um exemplo é o trabalho feito pelo escritor e ambientalista baiano Victor Flores. Ele é autor de livros infantis que têm como foco personagens da Caatinga. Eles podem parecer inusitados à primeira vista: um bode, um peixe e uma ararinha-azul. Mas a escolha do elenco foi estratégica, rs. O escritor queria desmistificar os estereótipos da região para as crianças. Escute mais no 2º episódio.

Pense num orgulho!

Sem querer puxar sardinha, mas o Nordeste mais uma vez dá aula para o resto do país. Nós, da Cajueira, estamos super orgulhosos de ter contado histórias de uma educação capaz de mudar o imaginário das crianças a respeito da região, além de trazer novas possibilidades e modos de viver.

Esse projeto só foi possível com o apoio financeiro do edital “A Primeira Infância como Pauta Prioritária”, promovido pela Ajor e pela Fundação Maria Cecilia Souto Vidigal. E nós já queremos outras temporadas do Sertão do Futuro!

Se você também quiser escutar mais, considere apoiar a gente na campanha Plantio em apoia.se/cajueira e/ou fazer um pix de qualquer valor para cajueira.ne@gmail.com.

E não deixa de seguir e curtir nossos conteúdos nas redes sociais, pois a gente colocou vídeos e fotos de bastidores do podcast por lá:

Agora, aproveite as nossas castanhas fresquinhas e até a próxima!

Cheiro!

Castanhas

Por falar em Victor Flores, a animação “As Aventuras de Tita”, que tem como protagonista a ararinha-azul, vai representar o Brasil no Festival de Cannes, no sul da França. Chique, né?

Ainda falando de podcast, o Caatingueira, da cearense Pâmela Queiroz, mostra os saberes tradicionais da medicina na Caatinga. Ô bioma farto! A gente indica com gosto 🫶

 

 

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