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Oiê, tudo joia?
O Brasil foi o homenageado oficial do Festival de Cannes 2025. Mas quem roubou a cena mesmo foi o Nordeste, e a gente nem finge surpresa. Enquanto parte do país ainda se espanta com esse protagonismo, por aqui a gente sabe: o cinema nordestino já vem botando pra torar faz tempo. A gente precisa se ver em tela, descentralizar de verdade e se reconhecer nas histórias que são nossas.
Pernambuco na disputa pela Palma de Ouro
A grande aposta brasileira no Festival é “O Agente Secreto”, novo filme do Kleber Mendonça Filho, protagonizado pelo brilhante (e baiano) Wagner Moura. Tem ainda a potiguar Alice Carvalho, e os pernambucanos Hermila Guedes e Thomás Aquino no elenco. Resultado? Mais de dez minutos de aplausos e crítica a internacional rasgando elogios. O filme já estreou com o pé na porta.
E a chegada no tapete vermelho foi do jeitinho que a gente gosta: com folia e frevo. A Orquestra Popular do Recife e os Guerreiros do Passo, grupo de dança e resistência, levou o frevo para avenida mais estrelada do cinema mundial.
Ceará na Quinzena de Cineastas
O Ceará chegou chegando na principal mostra paralela do Festival. Foram quatro curtas produzidos no projeto Directors’ Factory Ceará Brasil, apadrinhado por Karim Aïnouz e realizado com mais de 100 profissionais cearenses, em parceria com diretores de fora, mas com olhar daqui: A Fera do Mangue, Ponto Cego, A Vaqueira, a Dançarina e o Porco (com codireção da alagoana Stella Carneiro) e Como Ler o Vento.
Bahia também presente em mostras paralelas
Na mostra AfroCannes, o curta “Meu Pai e a Praia”, de Marcos Alexandre, foi o grande destaque da abertura. Já “Nó”, de Midi Alves, entrou no Short Film Corner com uma reflexão poética sobre trança, identidade e corpo.
Agora prepara tua pipoca, abre o bolso e vai prestigiar o cinema nordestino, visse? Aproveita essa lista que a gente te deu e fica de olho nas dicas de cinema, literatura, artes e comunicação que sempre trazemos por aqui.
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Sirva-se! Um cheiro!
Desafios urbanos
Mais de 29 milhões de nordestinos vivem em ruas sem rampas de acessibilidade, o que representa 70,5% da população urbana da região, segundo a Agência Tatu.
Em Maceió (AL), as fortes chuvas dos últimos dias colocaram a cidade em alerta máximo e evidenciaram velhos problemas: a falta de estrutura e planejamento. Como já alertava a jornalista Géssika Costa em fevereiro, velhos discursos de “culpa da população” só desviam o foco da ausência de políticas públicas básicas.
Em Natal (RN), um projeto de lei propõe unificar oito das dez Zonas de Proteção Ambiental, que somam 30% da cidade. Especialistas alertam que isso pode enfraquecer a proteção ambiental e facilitar ocupações desordenadas.
Violação de direitos das mulheres e desigualdades
Na Bahia, uma carta aberta cobra do governador ações concretas diante do racismo obstétrico.
Saúde mental ainda é um luxo distante para muitas mulheres negras e periféricas da região metropolitana do Recife (PE).
Em Natal (RN), mães atípicas denunciaram a precarização de direitos em audiência pública.
Caatinga ameaçada
Pela primeira vez desde 2019, o maior desmatamento do país ocorre no bioma Caatinga.
Em Sergipe, ação popular tenta reverter o corte de R$ 15 milhões no orçamento que deveria proteger o Rio São Francisco.
Castanhas
A Rede Cajueira foi citada pela jornalista Fabiana Moraes no podcast Fio da Meada, uma produção da Rádio Novelo. Que honra!
Arte, literatura e educação! A história de Xica Manicongo, a primeira travesti do Brasil, chega aos quadrinhos
Memes Nordestinos 🌵
Falta pouco pra melhor época do ano!
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