Em qualquer espaço religioso, independente da religião, é comum a presença das crianças. Sejam elas levadas pelos pais, avós, responsáveis, elas sempre estão ali, fazendo das celebrações uma grande festa. Com as religiões de matriz africana isso não é diferente.
Em Salvador (BA), Ludmila Borges, mãe de Ayodele, de oito meses, frequentadora do Ilê Axé Ayê Ojionilê, explica que incluir as crianças nesses espaços é uma forma de fortalecer a conexão com suas raízes e garantir que, desde cedo, ela seja envolvida na riqueza cultural e espiritual de sua tradição. “Acreditamos muito que se a religião é boa para os pais, ela também é boa para os filhos. Vemos muitas crianças de pais cristãos se tornando cristãs, então por que no candomblé isso teria que ser diferente? Não estamos impondo nossa crença a ela, mas repassando o que acreditamos, porque é nossa responsabilidade fazer isso”.